sexta-feira, 22 de abril de 2011

Cagar no pau - Relbier Oliveira

É a melhor opção para expressar a sensação de que se fez merda onde e quando não se devia. Sou daqueles tipos de pessoas que admitem o uso de certos palavrões e palavras chulas como a melhor, a mais adequada e a mais precisa forma de demonstrar um sentimento que extravasa a pompa gramatical e a norma dita culta. Antes a semântica, lhes digo (e esta seja o que for). Acho uma experiência tão magnífica se aperceber do quão é tão justa quanto uma luva certas expressões com o sentimento que de fato expressa. Imagine você, por exemplo, estragando tudo com aquela pessoa que até pouco tempo lhe era tida por amiga. Você, de um tempo para cá, cansou de afastar a ideia de que ela é uma pessoa adorável, uma companhia desejável em toda e qualquer ocasião, que tem belos e invejáveis contornos físicos, e um espírito único (por vezes imaturo, admite-se, mas que a torna ainda mais desejável de supervisão; sua supervisão!). Por outro lado, também a quer cuidando de ti, reportando a você o seu amor incondicional. Mas de repente se recorda que ela (a pessoa) é sua amiga, e assim o fora por longo e longo tempo, e sabe que uma jogada em falso poderá significar xeque-mate, nem leite nem doce de leite: nada. Então você passa a agir platonicamente. Chega mesmo a negar para os “amigos” qualquer relação romântica-afetiva; entretanto, em certos momentos, alarga tanto a definição de amizade para enquadrá-la que chega mesmo a dispensar o termo “amor” do vocabulário. Mas como ser só amigo de quem se ama? É mais fácil segurar um orgasmo fulminante do que esse sentimento atroz. Ele age como aquelas ondas intrusas e inoportunas, que arrastam a fragilidade humana como se arrastasse penas, estando, na verdade, arrastando insuportáveis sonhos, histórias e culturas. O amor arrasta sua funcionalidade, sua racionalidade, sua sensibilidade, sua paz de espírito. Te deixa efetivamente nas condições ideais de fazer a merda, e, dentre as horas inoportunas, na hora mais dramática da sua história já trágica. E é nesse momento, é bem nesse momento que você começa a fazer tudo errado: seus lances já não têm porque; já não têm razão; mostram que você se tornou incapaz de perceber os sinais mais gritantes, e, consequentemente, todos eles te conduzem a um estado degradante, à merda, à merda que você mesmo, invariavelmente, criou. E nesse momento, nada mais digno, nada mais saudável (especialmente do ponto de vista psíquico) do que reconhecer que não há nada mais elucidativo da situação do que dizer que cagou no pau. Esse é um bom indicativo de que a merda já foi feita (e bem feita) e que limpá-la não será trabalho para amadores. Talvez agora a melhor opção seja dar um tempo para esperar que ela pare de feder ou mesmo desencanar (curiosa expressão!) dela e partir para outra. Enfim, deduzam livremente que essa tragédia aconteceu comigo, e que talvez eu a esteja sentindo no exato momento em que redijo esse texto, escutando Frejat dizer “amor meu grande amor...” e “(...) tudo o que eu lhe ofereço é meu amor, meu endereço”. Bem, devemos considerar a hipótese de lá se ter ido mais uma prodigiosa história de amor que não poderá ser cantada senão pela alegria e descontração do Ultraje a Rigor.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Carta: "Minhas dúvidas" - Relbier Oliveira

Errado, alguém fez tudo errado! Alguém que não sabe como as pessoas se sentem quando lhes dizem verdades inconvenientes. Se aquela pessoa, mesmo que de modo indireto dizer-lhe que de ti tem nojo Oh, Deus! Mande-me a Morte, ao invés! Que sensação é essa que nem ouso nomear? Uma angústia, uma inquietação uma vontade de quebrar Será que senti prazer em ser destruído daquela maneira? Por Deus, então por que não fiz que parasse? Por que dali não me retirei? Por que não me defendi? O que sobrou de mim para recomeçar porém sem ti, a quem antes julgava me apoiar? Não pressentes o mal que fizestes? Acho que agora te quero longe Não sei se aguento estar contigo Quero estar só Só com os meus defeitos todos Os meus feios defeitos Juntando e colando os cacos nojentos de mim Desse ser fraco, feio e bobo que eu pretendia dar a você (afinal, era tudo o que eu tinha " – Senão, eu poderia até ser melhor: com menos defeitos e menos 'nojos' menos esquisito, fraco e raquítico") Eu sei, não devia pensar essas coisas Mas eu as sinto – O que é pior? Você não queria dizer, também sei Fui eu que te obriguei Mas isso não muda o que estou sentindo Nem suas consequências Resta pedir-lhe perdão pelo mal que te obriguei a me fazer Resta aguentar a dor e esperar o amanhã para saber se realmente te odiarei para sempre.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

(sem titulo) - Fernando C. Ferreira

Oh meu amor é momento de paz agora... entre capotes e Barrancos que passamos... enfim a paz agora... passei por tanto aperrei... nas mãos de outros alguns... que pouco me amou... o meu amor é momento de paz agora... ambos sofremos nas mãos de quem não sabia amar... ambos vimos a esperança faltar... mas é momento de paz agora... Oh meu amor promessas não valem para o caminho que vamos galgar... com força de vontade iremos muito conquistar... por que agora a paz esta... o meu amor, vamos deixar de lado "o mau olhar"... daqueles que apoio nos fez faltar... a nós muito a conquistar...

domingo, 10 de abril de 2011

Dicionário Eletrônico Longman de Inglês-Português

Hey, manol@! Diz ai, curte uma leitura, não é? Então conta: alguma vez já sentiu uma vontadinha de ler livros no original, tipo, Conan Doyle, Irvin D. Yalom, Shakespeare ou que seja mesmo aqueles livros "Sabrina", "Júlia" e afins, mas não se dá muito bem com o inglês?! Então, mexa-se! Aprenda logo a falar/ler inglês. Bem, se você, como nós do blog, já está nessa luta (seja para que fim for: ler ou falar) e sente que está meio em desvantagem, viemos lhe trazer um reforço. Trata-se do Dicionário Eletrônico Longman, que, como definição, basta dizer que é do kral#@!

Com 127 mil verbetes, este dicionário ilustrado inclui novas palavras, como blogosphere, flash drive, satnav, size zero, smartphone, etc. Contém 250 quadros explicativos e 1.000 notas sobre palavras-chave ou problemas de tradução; guia da gramática inglesa e guia colorido para comunicação; guia de estudo dirigido para praticar vocabulário e gramática; 600 jogos de vocabulário, como palavras-cruzadas e anagramas; mapas do mundo para aprender os nomes de países e cidades em inglês; atividade interativas para praticar gramática, vocabulário e leitura; exercícios de preparação para os exames KET e PET; recurso para ouvir as palavras (em inglês norte-americano e britânica), gravar sua própria pronúncia e comparar com a pronúncia-modelo.

Arquivo: Dicionário Eletrônico de Inglês-Português Longman

Formato: Imagem de CD

Crack/serial: não necessário

Tamanho: 376Mb

Download (Megaupload)

Dicionário Eletrônico Houaiss (Portátil)

Se alguém ai tem o (bom) costume de consultar um querido dicionário, e não o considera, como alguns insoluntes ousam, o "Pai dos Burros", deve saber ou já pressentiu que dicionários não são todos iguais. Como dizem, com base naquela regrinha básica "Há (X) e há (X)", há dicionário e há dicionário. Houaiss, sem dúvida, é, dentre os dicionários, o mais completo em termos de verbetes e recursos diversos. Quem nunca teve a honra de molestar um legítimo Houiass impresso, façá-o, pois é uma experiência única. Mas convenhamos que o acesso a ele, em termos físicos e monetários $$, é para poucos. Apesar disso, acreditem, nem tudo está perdido. Parece mentira, mas é possível carregar aquele catatau no bolso. Tudo bem que você só vai poder usá-lo se tiver um pc, mas já é um avanço e tanto na acessibilidade. Estamos disponibilizando o download na versão eletrônica da versão completa impressa. Após baixá-lo, basta deixá-lo no seu desktop ou no pendrive e, toda vez que for usar, dar dois cliques nele. Ele não é instalado no seu pc, por isso pode ser transportado (a "instalação" é apenas enquanto vc o está usando). Bem, é isso. Façam bom proveito!
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sábado, 9 de abril de 2011

Nós que aqui estamos por vós esperamos

CINEASTA: MARCELO MASAGÃO GÊNERO: DOCUMENTÁRIO ORIGEM: BRASIL DIÁLOGO: S/D LEGENDA: S/L DURAÇÃO: 73 MIN COR: COLORIDO FORMATO: RMVB Nós que aqui estamos por vós esperamos é um documentário brasileiro de 1998, dirigido por Marcelo Masagão. Leitura cinematográfica da obra Era dos Extremos, do historiador britânico Eric Hobsbawm, a produção mostra, através da montagem das imagens produzidas no século XX e da música composta por Wim Mertens, o período de contrastes entre um mundo que se envolve em dois grandes conflitos internacionais, a banalização da violência, o desenvolvimento tecnológico, a esperança e a loucura das pessoas. Link Único Megaupload

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Minha Magia - Relbier Oliveira

Você também já fez isso, é como a primeira vez que você ama alguém: um instante ou dois, logo esquece ou o tem e o terá para sempre. Mas, naquele primeiro momento, não importava o tempo, não importava as palavras, não importava nada. Só sua Imagem, sua presença e tudo o que voce significava para mim. Sua cara de palhaço, para uns. Para mim, era linda. Sua risada forçada, vaidosa e para os outros (como hoje bem sabemos).] Para mim, era a mais verdadeira e espontânea. Tudo o que se desenvolveu desde aquele momento importa menos do que sua imagem, sua presença, e tudo o que você significava para mim naquele instante.] É assim que ainda amo hoje. Não me importa suas palavras, suas caras de alegre, sua simpatia forçada. Amo sua Imagem, sua presença e tudo o que você pode significar para mim: Minha magia. Amo demais, todos os dias.

Vencido, mas não convencido - Relbier Oliveira

Na verdade, eu não devo existir, porque, no fim das contas, sempre busco ser alguém que, infelizmente, efetivamente não sou. Experimento um tipo de devassidão ideal quando aquilo que eu devia ou queria ser é corrompido por aquilo que sou. Nesse momento, então, faço um brinde a mim, pois recaio nos mesmos vícios, como se pedisse desculpas por tê-los desprezados. Mas até que me sinto bem, uma vez que fico envolto novamente aos meus. Por um momento ou dois, chego mesmo a escarniar daquele outro pretenso eu, enquanto dou as costas a ele. Porém, no fundo sei que é orgulho ferido, por minha incapacidade de alcançá-lo para dar-lhe a mão, a fim de que me puxasse aos seus. E fico cá, jogado à tragédia particular da minha existência, perseguindo o horizonte e buscando a mim, esperando novas peripécias do existir com mais o que me preocupar. Entretanto, o horizonte não se alcança, sei disso. Mas vá dizer a um sonho que ele já não é real e que agora será desempossado também da esperança! Esse é o esconderijo da loucura, também sei: daqueles que vêm o que querem ver. (Mas o ponto é que eles não querem, apenas vêm!).

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Seis e meia - Arnaldo Silva

Há tantos simplesmente vagando
Sem vida, quase mortos
Outros absolutamente mortos
Ainda tão vivos
As vezes não temos tempo
As vezes não há tempo
Um fim tão previsível
Torna-se tão inoportuno
Tanta vida em apenas um dia
Tão poucos acontecimentos numa vida
Virão outros
Que contarão novas
e velhas histórias
Sobre o seu tempo
Sobre o meu tempo
Sobre a sua vida
Sobre a minha vida
Histórias de vida
Histórias da morte
De um tempo
Que não vai existir

quinta-feira, 31 de março de 2011

Poema Retirado do Coração de um Benoit - Relbier Oliveira

Sou o amor em mim: infiel, bi ou meta-sexual. Sou uma coisa que se move e pensa. Sou uma coisa que ama olhar. Sou algo desregrado, desmedido, acomodado, tímido. Mas sou também a superação. A superação daquilo que sou, bem como sou a superação daquilo que fui. Tenho racionalidade? Se não, tenho ao menos paixões, e sou capaz de odiar quem me ameaça; e de matar quem me desagrada. Sou meu Deus, minha terra. Sou anjo, sou fera. Sou a Corrupção da moral e dos sentidos. Sou a loucura imanente da pedante sanidade. Sou Marco, Gleisy, Guilherme, Luciana, Cris, Robson. Sou Lula, Hector, Nobre. Sou bosta, Merda, Acorde. Sou Música, Firúlas, Drogas. Sou burgues, Proletário, Professor. Sou Artista, sou Cantor... Sou estranhamento na direção do sentido. Me reconheço em minha alienação. Transformo-me estranho em pensamento, e retorno para mim. Hegel. O Espírito Pensante. Não aprendo o que se distingue de mim, e me reconheço através da Alma. Saio de mim, porquanto o conceito seja Universal. Mas já, já... Já me acalmei! Escola de Frankfurt?!

quarta-feira, 30 de março de 2011

O Nome da Rosa

CINEASTA: JEAN JACQUES ANNAUD GÊNERO: SUSPENSE ORIGEM: EUA DIÁLOGO: INGLÊS DURAÇÃO: 130 MIN COR: COLORIDO
Em 1327 William de Baskerville (Sean Connery), um monge franciscano, e Adso von Melk (Christian Slater), um noviço que o acompanha, chegam a um remoto mosteiro no norte da Itália. William de Baskerville pretende participar de um conclave para decidir se a Igreja deve doar parte de suas riquezas, mas a atenção é desviada por vários assassinatos que acontecem no mosteiro. William de Baskerville começa a investigar o caso, que se mostra bastante intrincando, além dos mais religiosos acreditarem que é obra do Demônio. William de Baskerville não partilha desta opinião, mas antes que ele conclua as investigações Bernardo Gui (F. Murray Abraham), o Grão-Inquisidor, chega no local e está pronto para torturar qualquer suspeito de heresia que tenha cometido assassinatos em nome do Diabo. Considerando que ele não gosta de Baskerville, ele é inclinado a colocá-lo no topo da lista dos que são diabolicamente influenciados. Esta batalha, junto com uma guerra ideológica entre franciscanos e dominicanos, é travada enquanto o motivo dos assassinatos é lentamente solucionado.
Baseaqdo no livro homonimo de Humberto Eco
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sexta-feira, 25 de março de 2011

HORIZONTE - Relbier Oliveira

Quero recostar minha cabeça em teu peito

E permanecer em teu abrigo

Sentindo teu calor, teu cheiro

E esquecer que existo

Porque eu estaria completo:

Completamente mudo, completamente surdo

Completamente alheio e cheio de tudo:

De tudo o que preciso ter para sentir prazer

Não quererei comer, não quererei falar

Não quererei beber, não quererei andar

Não quererei mais nada

A não ser esse eterno e tenro momento

Que remete à primeira experiência de mim

E que seja este o fim

quinta-feira, 24 de março de 2011

QUER SER QUEM VOCÊ É - Relbier Oliveira

Ser você deve ser difícil. A menos que você não seja mesmo quem você é, com sua postura, suas atitudes. Mas você é como você é, e sabe bem o que ele quer. Eu sei que você o quer e que você não o quer. É o que todas querem, é por isso que ele existe. Então você é o que quer; mas você quer ser o que você é. Ele não quer amar você. Você sabe o que ele quer. Mas você quer que ele te ame, e quer que ele mude. Você não quer quem te ama; você quer que te ame quem você quer. Eu te amo, mas não te quero mais, porque sei o que você quer, e sei que você não me quer porque você não quer que eu mude. Você quer transformar ele em quem você quer para poder continuar a tentar ser quem de fato você não é

sexta-feira, 4 de março de 2011

Laranja Mecânica - 1971

CINEASTA: STANLEY KUBRICK GÊNERO: FC/HORRORSHOW ORIGEM: EUA DIÁLOGO: INGLÊS DURAÇÃO: 138 MIN COR: COLORIDO FORMATO: RMVB
No futuro, Alex (Malcolm McDowell), líder de uma gangue de delinquentes que matam, roubam e estupram, cai nas mãos da polícia. Preso, ele é usado em experimento destinado a refrear os impulsos destrutivos, mas acaba se tornando impotente para lidar com a violência que o cerca.
PREMIAÇÕES:
  • Recebeu 4 indicações ao Oscar: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Edição.
  • Recebeu 3 indicações ao Globo de Ouro: Melhor Filme em Drama, Melhor Diretor e Melhor Ator em Drama (Malcolm McDowell).
CURIOSIDADES:
  • Stanley Kubrick certa vez declarou que, se não pudesse contar com Malcolm McDowell, provavelmente não teria feito Laranja Mecânica.
  • O orçamento total do filme foi de apenas US$ 2 milhões.
  • No livro, o sobrenome de Alex em momento algum é revelado. Comenta-se que DeLarge seja uma referência a um momento no livro em que Alex chama a si mesmo de "Alexander the Large".
  • Basil, a cobra, foi colocada nas filmagens após o diretor Stanley Kubrick descobrir que Malcolm McDowell tinha medo delas.
  • O livro em que Frank Alexander trabalhava quando Alex e sua gangue invade sua casa chamava-se "A clockwork orange".
  • Stanley Kubrick propositalmente cometeu alguns erros de continuidade em Laranja Mecânica. Os pratos em cima da mesa trocam de posição e o nível de vinho nas garrafas muda em diversas tomadas, com a intenção de causar desorientação ao espectador.
  • O filme foi retirado de cartaz no Reino Unido a mando de Stanley Kubrick. Irritado com as críticas recebidas, de que Laranja Mecânica seria muito violento, Kubrick declarou que o filme apenas seria exibido lá após sua morte.
  • A linguagem utilizada por Alex foi inventada pelo autor Anthony Burgess, que misturou palavras em inglês, em russo e gírias.

Contra o trabalho - Roni dos Santos

Aquilo que vou confessar deve ser guardado em uma reflexão de pelo menos um ano no enclausuramento, é preciso que aquele que for pensar sobre isso tenha a coragem de se afastar de todas as obrigações para com seus credores, financistas, devedores ou qualquer espécie de contrato firmado legal ou simbolicamente, pois este processo exige que este se retrate do compromisso consigo.

Eu observo as pessoas em seus trabalhos, são malucas, neuróticas, viciadas. A instituição trabalho tem levado das pessoas o melhor de seus potencias, energias são dispersas em nome de uma produção que não tem como fim o próprio indivíduo. Mesmo que este trabalho seja para o bem da sociedade, este trabalho não tem retorno. O trabalho se tornou um fim em si mesmo, eu nunca vi um chefe pedindo para um funcionário trabalhar menos, pelo excesso de trabalho, o chefe tem a “nobre” missão de fazer seus funcionários mais produtivos, logo, quando um chefe cede a exceção de fazer seu funcionário trabalhar menos, é porque ele quer que este funcionário seja mais produtivo.

Mas o pior desta contraventura é o seu efeito discursivo. Há sujeitos que simplesmente amam esta sujeição, que não saberiam fazer outra coisa que não trabalhar, o corpo foi disciplinado, a mente foi modulada e as ações são controladas de tal forma que quando este indivíduo se entregar em seu trabalho, o mesmo julga estar fazendo uma escolha. No mundo do trabalho só há duas escolhas, ou você trabalha por dinheiro, ou você trabalha para o dinheiro.

O discurso moralizante do trabalho é mais baixo ainda quando começam a surgir seus efeitos contra àqueles que negam tal subordinação. Dizem que este é preguiçoso, que não tem futuro, que é um coitado, mas suponho que seja pura inveja do poder de afirmação daqueles que não se deixam sujeitar. Nesse sentido podemos citar Nietzsche e sua relação com “Moral de escravos X Moral de senhor". Sendo a moral de senhor aquele que afirma a vida e a moral do escravo é peculiar não somente àqueles que baixam a cabeça, mas aos que invertem a afirmação da vontade, que submetem sua própria vontade a outrem.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Ontem, hoje e amanha - Arnaldo Silva

Hoje não é hoje
Hoje é ontem
Portanto ontem é hoje
Esqueci que hoje é hoje
Escolhi que hoje é qualquer dia
Tanto faz
O dia esta sem graça
Quero que ele seja qualquer um
Sem significado
Amanha não será ontem
Será um dia especial
Tão especial que desejarei que
Meu depois de amanha seja ontem

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Último Capitulo - Morena Cardoso

Hoje, jogado as traças, me perco na solidão, folhas já quase brancas, vidas não vividas, histórias não lidas. Seria tão dificil viver com essa humanidade que já não sente saudade? Onde andam os bons cantores, as crianças curiosas, os homens cansados do longo dia de trabalho?. Onde encontrar encanto, vontade, querer?. Onde encontrar curiosidade, diversão, um bom amigo?. Onde encontrar conhecimento, um sorriso, um amanhecer?. Já não se sabe qual o fim, talvez seria só o começo, desta tal tecnologia. E eu fico aqui, jogado as traças.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O despertar - Fernando C. Ferreira

Fernando abriu os olhos levemente, a primeira imagem que observava era da lampada acima de sua cabeça.

O quarto não estava tão escuro pois alguns feixes de luz atravessavam algumas aberturas da janela.

Fernando ficou deitado observando a lampada por alguns segundos, como que paralisado, se sentia bem, leve, não havia nenhum pensamente eu sua cabeça.

Virou-se de lado e abraçou o travesseiro por alguns instantes... observou a porta de seu quarto, soltou um longo suspiro e se levantou da cama.

Em passos lentos e desajeitados foi até a sala, olhou o relogio, marcava 9:45horas, olhou sem surpresa alguma das fotos em cima da estante, fotos que denotavam momentos alegres com a familia.

Acendeu um cigarro, ficou estatico e pensativo olhando janela a fora, observava a manhã alguns passaros cantando, a luz do sol era forte e fazia com que seus olhos ardessem.

O mar se estendia por todo o horizonte, as ondas pareciam estar dançando em uma grande harmonia, logo Fernando se sentiu distante e sozinho daquele mundo todo, que estava

vivo lá fora, o cigarro ja estava um pouco a mais da metade, Fernando ficou por mais alguns segundos a observar tudo,sentia a brisa do mar chegando até sua janela e era tudo

como uma musica que o encantava.

Apagou o pouco do cigarro que restava, virou-se,saiu da janela, como quem acabava de sair de um transe, olhou novamente para o relógio que agora marcava 10:00 horas.

15/07/2007

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Psicose



DIREÇÃO: ALFRED HITCHCOCK
GÊNERO: SUSPENSE
ÁUDIO: INGLÊS
LEGENDA: PORTUGUÊS
TAMANHO: 360 MB
FORMATO: RMVB
Filme de Hitchcock conhecido pela famosa “cena do banheiro”. Conta a história de Marion, uma secretária que rouba 40 mil dólares e foge para que ninguém a descubra. Interrompe a viagem para dormir num velho motel administrado por um estranho rapaz e sua mãe.. Curiosidade: Hitchcock comprou anonimamente todos os direitos do livro por onze mil dólares e, após isso, recolheu todas as cópias disponíveis no mercado para que ninguém soubesse o final da trama.

Parte 1: 
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Parte 2:


Parte 3:


Parte 4: