sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Mais que amor - Relbier Oliveira


Preciso agora de um colo quente,
De um chacoalhar cadente e reconfortante.
De leves tapas nas costas a me dizer “estou aqui, está tudo bem”
Ao ritmo de uma elegia monocórdica
Que apagasse por um breve instante
Toda a minha existência traumática.
Cheiros mágicos, cores fantasiosas:
Me façam escapar à dor por um momento;
Transforme minha vida num borrão quente,
Alaranjado, pálido, distante.
Mil pontos do universo numa singularidade sua
Concentrado no ponto breve da eternidade
Daquele instante entregue a seus braços
Imerso em seu regaço como que nas próprias mãos de Deus.
Me faça a vida valer a pena num simples gesto
De ternura, amizade, amor.
Seu afago me fala em línguas
Ressignifica meu mundo
Reintroduz a maternidade bela original.
O que mais quero para o resto da vida deste momento?
Você, só você!
Não te amo, simplesmente sinto mais. Gostou da postagem? Então faça um comentário e/ou clique nos botões das redes sociais abaixo para ajudar a divulgar. Ficaremos eternamente gratos :D

domingo, 11 de dezembro de 2011

Por um futuro melhor - Relbier Oliveira

A vida realmente tem tanto valor, mesmo se for para se viver com medo? Sabemos que, a princípio, respondemos reflexamente para salvaguardar nossa existência. Mas, acontece que somos seres humanos, e, por muito tempo – e mesmo ainda hoje –, ousou-se argumentar que nós, os humanos, temos algo a mais que nos descola da mera animalidade. Que algo a mais é esse, pergunto? Se somos mesmo seres distintos, haverá certos princípios que, em pé de igualdade com aqueles da natureza, nos farão agir conforme a nossa idiossincrasia, ainda que haja conflito entre ambas as facetas. Vivemos, enquanto classe de cor, discriminados por uma elite social de matizes mais “nobres”, que não bastasse ela mesma nos discriminar, imprime esse padrão de atitude a todo o corpus social, inclusive naqueles que são eles mesmos oprimidos por tal. É certo que, desde sempre, houve oprimidos que se rebelaram contra essa atitude, e lutaram por si e por toda a sua classe: não queriam viver inseguros, queriam uma vida digna. Viver por viver, mesmo em clima de guerra e de constante ameaça? Não se trata de uma convocação para o suicídio, muito pelo contrário. Se a vida é o valor mais alto, pelo lado da natureza, viver com dignidade (que inclui respeito, segurança, e outros mais), é a contrapartida humana. A conclamação é para a não omissão. Se for o caso, ponha a vida em jogo para tentar conseguir o complemento a uma existência plenamente humana, uma existência íntegra. E não será apenas em grandes episódios, pois esta guerra desde há muito está largamente disseminada; e não será por você apenas, será pelo ensejo de uma digna existência para todos os seus iguais. E se acontecer, sua morte não terá sido em vão, terá sido válida, porquanto tenha sido o esforço por seu desenvolvimento pleno. Estamos juntos nessa, na esperança de um futuro melhor. Gostou da postagem? Então faça um comentário e/ou clique nos botões das redes sociais abaixo para ajudar a divulgar. Ficaremos eternamente gratos :D