sexta-feira, 4 de março de 2011

Laranja Mecânica - 1971

CINEASTA: STANLEY KUBRICK GÊNERO: FC/HORRORSHOW ORIGEM: EUA DIÁLOGO: INGLÊS DURAÇÃO: 138 MIN COR: COLORIDO FORMATO: RMVB
No futuro, Alex (Malcolm McDowell), líder de uma gangue de delinquentes que matam, roubam e estupram, cai nas mãos da polícia. Preso, ele é usado em experimento destinado a refrear os impulsos destrutivos, mas acaba se tornando impotente para lidar com a violência que o cerca.
PREMIAÇÕES:
  • Recebeu 4 indicações ao Oscar: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Edição.
  • Recebeu 3 indicações ao Globo de Ouro: Melhor Filme em Drama, Melhor Diretor e Melhor Ator em Drama (Malcolm McDowell).
CURIOSIDADES:
  • Stanley Kubrick certa vez declarou que, se não pudesse contar com Malcolm McDowell, provavelmente não teria feito Laranja Mecânica.
  • O orçamento total do filme foi de apenas US$ 2 milhões.
  • No livro, o sobrenome de Alex em momento algum é revelado. Comenta-se que DeLarge seja uma referência a um momento no livro em que Alex chama a si mesmo de "Alexander the Large".
  • Basil, a cobra, foi colocada nas filmagens após o diretor Stanley Kubrick descobrir que Malcolm McDowell tinha medo delas.
  • O livro em que Frank Alexander trabalhava quando Alex e sua gangue invade sua casa chamava-se "A clockwork orange".
  • Stanley Kubrick propositalmente cometeu alguns erros de continuidade em Laranja Mecânica. Os pratos em cima da mesa trocam de posição e o nível de vinho nas garrafas muda em diversas tomadas, com a intenção de causar desorientação ao espectador.
  • O filme foi retirado de cartaz no Reino Unido a mando de Stanley Kubrick. Irritado com as críticas recebidas, de que Laranja Mecânica seria muito violento, Kubrick declarou que o filme apenas seria exibido lá após sua morte.
  • A linguagem utilizada por Alex foi inventada pelo autor Anthony Burgess, que misturou palavras em inglês, em russo e gírias.

Contra o trabalho - Roni dos Santos

Aquilo que vou confessar deve ser guardado em uma reflexão de pelo menos um ano no enclausuramento, é preciso que aquele que for pensar sobre isso tenha a coragem de se afastar de todas as obrigações para com seus credores, financistas, devedores ou qualquer espécie de contrato firmado legal ou simbolicamente, pois este processo exige que este se retrate do compromisso consigo.

Eu observo as pessoas em seus trabalhos, são malucas, neuróticas, viciadas. A instituição trabalho tem levado das pessoas o melhor de seus potencias, energias são dispersas em nome de uma produção que não tem como fim o próprio indivíduo. Mesmo que este trabalho seja para o bem da sociedade, este trabalho não tem retorno. O trabalho se tornou um fim em si mesmo, eu nunca vi um chefe pedindo para um funcionário trabalhar menos, pelo excesso de trabalho, o chefe tem a “nobre” missão de fazer seus funcionários mais produtivos, logo, quando um chefe cede a exceção de fazer seu funcionário trabalhar menos, é porque ele quer que este funcionário seja mais produtivo.

Mas o pior desta contraventura é o seu efeito discursivo. Há sujeitos que simplesmente amam esta sujeição, que não saberiam fazer outra coisa que não trabalhar, o corpo foi disciplinado, a mente foi modulada e as ações são controladas de tal forma que quando este indivíduo se entregar em seu trabalho, o mesmo julga estar fazendo uma escolha. No mundo do trabalho só há duas escolhas, ou você trabalha por dinheiro, ou você trabalha para o dinheiro.

O discurso moralizante do trabalho é mais baixo ainda quando começam a surgir seus efeitos contra àqueles que negam tal subordinação. Dizem que este é preguiçoso, que não tem futuro, que é um coitado, mas suponho que seja pura inveja do poder de afirmação daqueles que não se deixam sujeitar. Nesse sentido podemos citar Nietzsche e sua relação com “Moral de escravos X Moral de senhor". Sendo a moral de senhor aquele que afirma a vida e a moral do escravo é peculiar não somente àqueles que baixam a cabeça, mas aos que invertem a afirmação da vontade, que submetem sua própria vontade a outrem.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Ontem, hoje e amanha - Arnaldo Silva

Hoje não é hoje
Hoje é ontem
Portanto ontem é hoje
Esqueci que hoje é hoje
Escolhi que hoje é qualquer dia
Tanto faz
O dia esta sem graça
Quero que ele seja qualquer um
Sem significado
Amanha não será ontem
Será um dia especial
Tão especial que desejarei que
Meu depois de amanha seja ontem

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Último Capitulo - Morena Cardoso

Hoje, jogado as traças, me perco na solidão, folhas já quase brancas, vidas não vividas, histórias não lidas. Seria tão dificil viver com essa humanidade que já não sente saudade? Onde andam os bons cantores, as crianças curiosas, os homens cansados do longo dia de trabalho?. Onde encontrar encanto, vontade, querer?. Onde encontrar curiosidade, diversão, um bom amigo?. Onde encontrar conhecimento, um sorriso, um amanhecer?. Já não se sabe qual o fim, talvez seria só o começo, desta tal tecnologia. E eu fico aqui, jogado as traças.