quinta-feira, 19 de julho de 2012

Querendo Sentir - Relbier Oliveira












Na calada da madrugada rotineira
faço versos “Bon grado” sobre coisas que sinto
e na ponta da parábola côncava
escrevo o que sinto verdadeiro,
– ou não! Mas sinto:
Vagas vaga-lume. Puta que o pariu.
Venha, oh neblina
Fecho o vidro, pois é fumaça da olaria
Sinto o vento em meu ouvido
Na verdade é um zumbido
De um pênis-longo fêmea querendo me picar
Sinto a cria querendo sair
Pra ver se a luz do dia é clara como eu dizia
Canalha! Fanfarra! Safada! Paulada!
A fadiga me pegou
Salve-me ou ignoro-te
Chupa-me ou provoco-te
O fim desse poema é o todo sem sentido
Pois num momento tão convexo
Cai na mesma depressão
da qual havia partido.