sábado, 9 de julho de 2011

Apocalipse Now

Título original: (Apocalypse Now)
Lançamento: 1979 (EUA)
Direção: Francis Ford Coppola
Atores: Marlon Brando, Robert Duvall, Martin Sheen, Frederic Forrest.
Duração: 148 min
Gênero: Guerra
Status: Arquivado
Normalmente, os filmes cujo roteiro é adaptado de alguma obra literária costumam importar o título do produto original — às vezes, com pequenas alterações. Mas, em 1979, o americano Francis Ford Coppola não incorporou nenhuma referência explícita ao clássico “O Coração das Trevas”, de Joseph Conrad, no belíssimo “Apocalypse Now”. Preferiu aludir ao livro nos minúsculos detalhes da trama e, sobretudo, no plano superficial do roteiro, importando os aspectos básicos da narrativa e recobrindo-os com a plataforma histórica da Guerra do Vietnã. Assim, o diretor reconta a trajetória do capitão Benjamin Willard (Martin Sheen), recrutado pelo Exército dos Estados Unidos em Saigon, capital do antigo Vietnã do Sul, para assassinar o lendário coronel Walter Kurtz (Marlon Brando), que criou uma sociedade ‘alternativa’ no coração da selva asiática e não obedece às determinações ocidentais.
No curto livro de Conrad, publicado inicialmente em 1902, o universo que abarca o enredo é o imperialismo europeu na África, mas os principais pormenores da narrativa consistem nos mesmos incorporados por Coppola. O protagonista, Charles Marlow, é um veterano marinheiro ancorado em Londres que, saudosista, rememora um antigo trabalho realizado para uma empresa que explora a extração de marfim no Rio Congo, nas profundezas do continente africano. Contratado pela companhia, Marlow viaja até o local para resgatar um lendário comerciante Kurtz, um ícone da região que abandonou os hábitos mercantis e instaurou uma sociedade distinta no coração da África. O centro do romance é o percurso efetuado pelo marinheiro até encontrar o objeto de desejo – uma viagem que causa, no personagem, uma densa transformação psicológica e denuncia os absurdos da colonização europeia.
Sinopse copiada de: http://livroseafins.com/adaptacoes-livros-cinema/

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Tardes de Julho - Arnaldo Silva

Para alguns sou uma lembrança, algo ali entre o presente e o passado. Se não fizer algo, serei realmente um ponto distante em algum dia sem data certa. Isso pode me ser útil, mas é triste. Não ter disponibilidade para ser presente e futuro é algo que pode me transformar em alguém insensível. Para outros sou presente, mas não um presente com passado. Um presente construído em uma conversa, um favor, um olhar, um relacionamento profissional. Se questionado, talvez ninguém saiba nada sobre o que me fez até o presente. O que sou é reflexo do meu passado remoto que talvez esses outros não saibam. Mas para poucos, sou um presente com passado. E esse passado chega a pesar tanto que ofusca quem sou no presente. E acabamos visualizando alguém que existe em função deste passado. Então mesmo presente sou passado. Um ou outro, me vêem como futuro. E como futuro sou uma incógnita, pois meu presente não afirma meu futuro. Assim sendo, para um ou outro, sou uma promessa. Talvez uma promessa de ser presente ou de ser um bom passado. É um desejo mutuo, pois hoje eu não quero ser presente e dessa forma torno impossível existir um passado, restando apenas a esperança de ser futuro. Graças a nossa capacidade de remodelar o passado, posso ser futuro a partir desta releitura. É frágil, mas é possível. De qualquer forma, gostaria de ser presente de todos no futuro.

domingo, 3 de julho de 2011

Oração da Noite e do Dia Seguinte - Relbier Oliveira

Oh pai senhor celestial

Que intercede por nós através de tudo

Através da força da natureza e do sol

Que interfere em nossas vidas através da vida alheia

Que faz de nós bons para o mundo e para a sociedade

E que nos faz o espírito saudável para tanto

Que não nos permite a demasia sentimental

Que rege nossos caminhos a fim de nossa felicidade

Curai minh’alma e meu pensar

Livra-me do fardo da incerteza

Falai conosco para não mais sentirmo-nos sós e loucos:

Como alguém que pára horas a falar consigo

A achar que fala com Outro

Permita essa loucura ser sanidade (!)

Para que não caiamos no vazio da inexistência

E sejamos dignos de nossa posição atemporal

Da realidade puramente racional e humana

Para todo o sempre

Beleza!

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