quinta-feira, 31 de março de 2011

Poema Retirado do Coração de um Benoit - Relbier Oliveira

Sou o amor em mim: infiel, bi ou meta-sexual. Sou uma coisa que se move e pensa. Sou uma coisa que ama olhar. Sou algo desregrado, desmedido, acomodado, tímido. Mas sou também a superação. A superação daquilo que sou, bem como sou a superação daquilo que fui. Tenho racionalidade? Se não, tenho ao menos paixões, e sou capaz de odiar quem me ameaça; e de matar quem me desagrada. Sou meu Deus, minha terra. Sou anjo, sou fera. Sou a Corrupção da moral e dos sentidos. Sou a loucura imanente da pedante sanidade. Sou Marco, Gleisy, Guilherme, Luciana, Cris, Robson. Sou Lula, Hector, Nobre. Sou bosta, Merda, Acorde. Sou Música, Firúlas, Drogas. Sou burgues, Proletário, Professor. Sou Artista, sou Cantor... Sou estranhamento na direção do sentido. Me reconheço em minha alienação. Transformo-me estranho em pensamento, e retorno para mim. Hegel. O Espírito Pensante. Não aprendo o que se distingue de mim, e me reconheço através da Alma. Saio de mim, porquanto o conceito seja Universal. Mas já, já... Já me acalmei! Escola de Frankfurt?!

Um comentário:

  1. Todos nós somos estranhos sim...mas cada um de nós fazemos toda a diferença através dos mais singelos detalhes malucos de pensar, agir e sentir!!!

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