Um blog para todos e todas publicarem suas poesias, artigos, historias e contos esquecidos em gavetas e entregues às traças. Aqui eles serão lidos e cumprirão enfim sua finalidade. Além disso, postaremos adaptações de livros para o cinema, as quais serão disponibilizadas para download. Para você postar nesse blog basta fazer um comentário na última postagem deixando seu email.
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Pedro e a Lua na madrugada de sábado pra domingo - Mirian Lopes
Desejo de Paz - Mirian Lopes
e por que as pessoas que querem paz, que lutam e gritam por ela, tem atitudes violentas no dia a dia? não seria esse o momento de refletirmos e alterarmos esse quadro de relações humanas, que são sempre com base em atos violentos?
Violência gera violência, ou seja, uma atitude violenta acarreta em outros atos de agressões, sendo elas físicas ou verbais, exemplo: se um homem é agredido moralmente no trabalho, ele provavelmente ficará alterado e poderá ser violento com um colega, amigo, eu membro da família, e essa segunda vitima consequentemente agredirá outra pessoa, ou qualquer outro ser, ou a si mesmo, nesse caso seria então um ato alto violento
Alto violência, é quando a pessoa se agride, ou seja: age por impulsos violentos contra si mesmo, essa atitude é chamada também de alto sabotagem. A ingestão exagerada de drogas como bebida e tentativas de suicídio são alguns exemplos, logo, é necessário dar mais atenção a essas situações, que também contribuem para uma sociedade vitima de agressões.
Nossa civilização é violenta, todos os setores da sociedade precisam rever seus conceitos sobre violência e paz, ou seja, a adoção de pequenos atos pacíficos no dia a dia podem mudar tudo, como não brigar por louça suja, ou discutir qualquer assunto amigavelmente, pode mudar as pessoas, a cidade, o pais,e o mundo.
Essa paz tão desejada começa na individualidade, é necessário que todos adotem uma filosofia de não violência, para chegarmos ao estado absoluto de paz, isentos de hostilidades e agressões de todos os generos.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
A invenção da paz em tempos de guerra - Roni dos Santos
Se formos um pouco atentos, notaremos que a palavra “justiça” só tem um significado, isto por que a inteligência das pessoas é dicionaresca. Esta é pela afirmação categórica que vemos cotidianamente, olhar sobre o infrator que, por sua vez, o transforma em um criminoso. Se fizermos o difícil esforço de nos deslocarmos para o sentido polissêmico das palavras, somente das palavras, iremos ver que alemão, por exemplo, a palavra infrator (brechen) tem o mesmo sentido que quebrar, portanto, o infrator é àquele que quebra algo, no nosso caso, àquele que quebra as regras sociais. Ainda sim minha pergunta não é por que ele quebra as regras sociais, mas qual estratégia a sociedade organizou para justificar a punição. Por que se é para entender todas as contradições sociais das quais somos formados, isto é, se é para que todos tirem as máscaras, é interessante que se desvele a máscara do discurso que arquiteta e processa todo um jogo teatral sobre a violência. Entretanto a sociedade é propositalmente burra, por que, como dito antes, o discurso oficial tem transformado o infrator em criminoso.
Para justificarmos isto de modo concreto, podemos nos remeter aos mais de 100 mortos por parte da retaliação policial no episódio que o PCC se desferiu contra os órgãos ligados a justiça criminal do Estado de São Paulo em 2006. Sabemos que uma parcela dos civis mortos foram executados com um tiro na nuca. Como se já não bastasse os números dizerem sobre a brutalidade, temos um agravante e como resultado, o apoio inalienável da sociedade. Na luta de policiais contra traficante do Morro do Alemão do Rio de Janeiro, mostraram-se inúmeras bandeiras com pedidos de paz, mas o discurso oficial era de que a paz estava ligada ao Estado e à ação policial, em raros momentos falou-se do medo que a população tinha dos policiais que subiam o morro e julgavam preliminarmente qualquer “alvo suspeito”, nem a da bandeira que dizia “O alemão é mais complexo”, uma referência ao descaso policial na sua ação objetiva contra os fins.
Nos últimos anos, qualquer manifestação de violência se tornou ilegítima diante dos olhos da sociedade. Marcha, só para Cristo, qualquer passeata ou protesto tem que seguir uma serenidade, se não, é crime. Sob este ponto de vista os movimentos sociais têm sido criminalizados constantemente, sob a alegação de ato violento o MST, por exemplo, tem sofrido processos na justiça, mas a violência da fome que o latifúndio gera não tem sido questionada por outros órgãos da sociedade. É contraditório ver uma sociedade, burguesa como a nossa, que se ergueu sobre muita luta política e sangue próprio, se afirmar em cima de sangue alheio.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Entoar - Fernando Cardoso
V de Vingança
GÊNERO: AÇÃO/DRAMA/FC
ORIGEM: ALEMANHA/EUA
DIÁLOGO: INGLÊS
LEGENDA: PT-BR
DURAÇÃO: 132 MIN
COR: COLORIDO
FORMATO: RMVB
Baseado na obra de Alan Moore e David Lloyd, conheça a história da realidade alternativa que mostra a luta de um vigilante para libertar a Inglaterra da Alemanha, que venceu a Segunda Guerra Mundial.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Na Natureza Selvagem (2006)
GÊNERO: DRAMA
DIÁLOGO: INGLÊS
LEGENDA: PORTUGUÊS
TAMANHO: 498MB
FORMATO: RMVB
Início da década de 90. Christopher McCandless (Emile Hirsch) é um jovem recém-formado, que decide viajar sem rumo pelos Estados Unidos em busca da liberdade. Durante sua jornada pela Dakota do Sul, Arizona e Califórnia ele conhece pessoas que mudam sua vida, assim como sua presença também modifica as delas. Até que, após 2 anos na estrada, Christopher decide fazer a maior das viagens e partir rumo ao Alasca. Baseado no livro com o mesmo nome de Jon Krakauer este filme traz a tona varios problemas como: o que é liberdade? O que traz a felicidade verdadeira? Qual a influencia dos pais no equilibrio psicologico dos filhos? Dentre outros.
Eu li outro livro desse autor, No ar rarefeito. Posso dizer que ele retrata essas historias de "malucos" em busca de coisas que aparentemente não fazem sentido pra maioria das pessoas como ninguem.
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Uma carta de amante- Roni dos Santos
Recebi seu recado e quero te ver sim, caso contrário, a cegueira há de tomar meus olhos igual ao “Assum Preto”.
E como diz o poeta,
"Tudo em vorta é só beleza
Sol de Abril e a mata em frô
Mas Assum Preto, cego dos óio
Num vendo a luz, ai, canta de dor
Tarvez por ignorança
Ou mardade das pió
Furaro os óio do Assum Preto
Pra ele assim, ai, cantá de mió
Assum Preto veve sorto
Mas num pode avuá
Mil vez a sina de uma gaiola
Desde que o céu, ai, pudesse oiá
Assum Preto, o meu cantar
É tão triste como o teu
Também roubaro o meu amor
Que era a luz, ai, dos óios meus
Também roubaro o meu amor
Que era a luz, ai, dos óios meus."
Luz, eu gostaria de ter ver mais uma vez, por que se você for e eu nunca mais te ver , sofrerei de remorso...
Esse fim de semana eu não sei, pode ser que eu trabalhe, vou trabalhar sábado e domingo, mas posso tirar a segunda de folga, só pra você. Eu tinha que cumprir minhas obrigações e rotinas burocráticas, mas estou disposto a vê-la e cumprir com meu egoismo, para então, você cumprir com o seu.
Luz, antes de tudo, te desejo toda sorte do mundo e que você faça seu caminho como mulher e que conheça todas as boas paixões, mas não se exceda por elas, ou sim, depende de quanto isso lhe fizer bem. Eu te desejo, antes de tudo, que você seja feliz.
Alguém que não sabe por que, mas te ama de verdade, talvez eu nem tenha dignidade de seu pequeno e sincero amor, mas é assim que eu sou por você, um desejo que você seja, antes de tudo, livre, mais livre que qualquer outra mulher foi.
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
1984 - George Orwell
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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Filme Raríssimo: O Lobo da Estepe - 1974
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Inocência Criminosa - Relbier Oliveira
Aos Quarenta - Relbier Oliveira
Só se depende de errar - Relbier Oliveira
O espetáculo solo do vômito - Roni dos Santos
O Algoz - Relbier Oliveira
O que é um Algoz?
n substantivo masculino
1 carrasco, executor da pena de morte ou de outras penas corporais (como tormentos, açoites etc.) (...)
(Houaiss)
Encontrei meu Algoz
Mas ele estava desarmado
Pronto para não fazer nada comigo
Só me perguntou as horas
Ao que lhe respondi:
“é hora de superar a mediocridade!”
Eu é quem o teria matado
Se ainda não fosse tão medíocre
O Tempo - Relbier Oliveira
Sinto-me especial. Mais especial do que nunca me senti antes. Na verdade, todos devem se sentir especiais, por serem únicos; cada um, um. Mas eu sou ainda mais diferente de todos. Nessa semana, me consagro definitivamente a última consciência do meu tempo. Na verdade, já o sou oficialmente há pelo oito anos, quando a mais velha última consciência de um tempo morreu por falta de energia, de vigor. Como teriam sido gastos os anos de sua juventude (ou não o foram, por isso chegara tão longe). Talvez pudéssemos ter sido amigos, apesar da distância, da diferença cultural, e até mesmo da idade (ele era míseros sete anos mais velho que eu). Às vezes penso comigo, quando não estou no meu Nirvana compulsório, na minha paciência imanente, no meu cansaço crônico – aquele dos mais cinco minutos (e mais cinco, e mais cinco) de sono em manhã fria e chuvosa de domingo, quando se sabe que não se tem que trabalhar, mas que, mesmo assim, desperta, só para poder voltar a dormir; o sono bom, como que uma vingança pelas manhãs de sono “quero-mais” – em reunir as velhas consciências que ainda seguram as pontas dessa aventura estranha de viver carregando a chama do passado, cruzando eras incongruentes, mundos distintos, dos quais pertenço a todos, mesmo não sendo alienígena apenas no primeiro, no meu mundo de fato, do qual sou arauto e a prova viva (é importante lembrar) da existência. Como é viver em um mundo em que gerações se sucedem, mas que você nunca morre? Como é pensar que todos que estavam vivos quando você nasceu já morreram, e que desde o seu nascimento mais de 10 bilhões de novas pessoas já nasceram, das quais muitas também já se foram? Foram muitas histórias, pessoais e mundiais. Foram vidas, foram almas, foram corações. Foi-se a minha vida pessoal (há tempos) e ficou o compromisso humano. Represento a humanidade, devo dizer. Sou o mais velho de todos. Estava aqui muito antes mesmo de todos vocês chegarem. Vi acontecer o que vocês só adquirem crença pelos escritos de quem eu próprio vi escrever. Vi Nietzsche, as histéricas, Einstein... Vi Marx. Vi a abolição da escravidão no Brasil, a chegada do rei. Vi o violento desabrochar das ciências e a aplicação de toda sua tecnologia, quase como que um transplante de mundo, sem anestesia: arrancaram-me os olhos e o substituíram por puras vertigens ficcionais, um futurismo que mesmo quem o previa em delírios poéticos não o esperava chegar, tampouco tão cedo, como que em uma invasão. Primeiro, aos poucos, depois com acentuada incidência, fui ficando sozinho nisso tudo. Como é ver seus avós, pais, irmãos, amigos, primos, tios, tias, pessoas públicas, artistas, esposas, filhos, netos morrerem, todos que fizeram parte da sua história mais fundamental, da sua construção, do seu desenvolvimento, morrerem, e você continuar rompendo mundos, sozinho? Não sou tão flexível assim: perde-se o referencia, perde-se o rumo. Como consegui me manter firme, apesar de tudo? Do meu antecessor chegou apenas o que chamo de a cápsula, uma carcaça orgânica ainda viva, vegetativa, basicamente. A alma se perdeu em algum momento da viagem. Nisso também o superei: tenho ainda, pelo menos, consciência.
domingo, 23 de janeiro de 2011
Sub-vôo - Relbier Oliveira
Vivendo em casa sem laje
Sem número ou água
Sem carro na garagem
E sem esperança
Um mundo diferente de onde vai
Diferente de onde anda e com quem fala
Um pensamento raro, quase extinto
Apenas um “idiota” noutra dimensão
Não é difícil disfarçar o sofrimento
Pior ainda é reprimir o pensamento
O jeito é tentar viver
Na ativa e sempre ativo
Como um caipira da cidade grande
Como mais uma cabeça no rebanho
Como fera ferida lutando por mais um suspiro anti a dor
Suburbanos sem conta no banco
Sem laser numa semana de trabalho
Cada coisa nova, curiosidade
Um bicho selvagem solto na rua
Um pássaro sem asas quando está livre pra voar
sábado, 22 de janeiro de 2011
Querendo Sentir- Relbier Oliveira
faço versos “Bon grado” sobre coisas que sinto
e na ponta da parábola côncava
escrevo o que sinto verdadeiro,
– ou não! Mas sinto:
Vagas vaga-lume. Puta que o pariu.
Venha, oh neblina
Fecho o vidro pois é fumaça da olaria
Sinto o vento em meu ouvido
Na verdade é um zumbido
De um pênis-longo fêmea querendo me picar
Sinto a cria querendo sair
Pra ver se a luz do dia é clara como eu dizia
Canalha! Fanfarra! Safada! Paulada!
A fadiga me pegou
Salva-me ou ignoro-te
Chupa-me ou provoco-te
O fim desse poema é o todo sem sentido
Pois num momento tão convexo
Cai na mesma depressão
da qual havia partido.