quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Uma carta de amante- Roni dos Santos

Olá,
Recebi seu recado e quero te ver sim, caso contrário, a cegueira há de tomar meus olhos igual ao “Assum Preto”.
E como diz o poeta,

"Tudo em vorta é só beleza
Sol de Abril e a mata em frô
Mas Assum Preto, cego dos óio
Num vendo a luz, ai, canta de dor
Tarvez por ignorança
Ou mardade das pió
Furaro os óio do Assum Preto
Pra ele assim, ai, cantá de mió
Assum Preto veve sorto
Mas num pode avuá
Mil vez a sina de uma gaiola
Desde que o céu, ai, pudesse oiá
Assum Preto, o meu cantar
É tão triste como o teu
Também roubaro o meu amor
Que era a luz, ai, dos óios meus
Também roubaro o meu amor
Que era a luz, ai, dos óios meus."

Luz, eu gostaria de ter ver mais uma vez, por que se você for e eu nunca mais te ver , sofrerei de remorso...
Esse fim de semana eu não sei, pode ser que eu trabalhe, vou trabalhar sábado e domingo, mas posso tirar a segunda de folga, só pra você. Eu tinha que cumprir minhas obrigações e rotinas burocráticas, mas estou disposto a vê-la e cumprir com meu egoismo, para então, você cumprir com o seu.

Luz, antes de tudo, te desejo toda sorte do mundo e que você faça seu caminho como mulher e que conheça todas as boas paixões, mas não se exceda por elas, ou sim, depende de quanto isso lhe fizer bem. Eu te desejo, antes de tudo, que você seja feliz.

Alguém que não sabe por que, mas te ama de verdade, talvez eu nem tenha dignidade de seu pequeno e sincero amor, mas é assim que eu sou por você, um desejo que você seja, antes de tudo, livre, mais livre que qualquer outra mulher foi.

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