Usei palavras da razão para dizer que estavas bem
Desejando crer que realmente fosse verdade
Sinto falta de ver tua barba branca por fazer
De tão cruel que a vida te foi
Tu me falas de realidades inexistentes
Eu teimo em te buscar destes sonhos
Para que não sofras ainda mais
Da minha luta em busca de coisas que desconheces
Que as vezes acho que nada representam
Diante da vida, da felicidade…
E tu sorri, acreditando que teu filho é feliz
Por ter, por menor que seja,
Um caminho, uma estrada, um objetivo
Formação, trabalho, família, amigos
Há se soubesses como as vezes tudo parece fútil
O que me sobra é sugar o que tem de melhor:
Amizade, desejo, fantasias ou quem sabe o amor
Fizeste aniversário e não pude falar-te
Ou abraçar-te para sentir-te
Muita vontade de chorar
Um choro solitário, incompreendido por outros
Que não nos compreendem ou não te aceitam
Não sabem o que já vivemos nesta vida
Eu e tu; tu e eu; filho e pai; pai e filho
Escrevo contos pensando em ti
São tantas saudades que me pego
Ousando estar sempre te esperando
Pronuncio tuas frases prontas, tuas idéias
Para te manter mais perto de mim
Sabes que somos iguais
Sabes que sou teu filho
Sabes que és meu pai
Sabes que eu ti amo para sempre