segunda-feira, 30 de maio de 2011

Saldo - Relbier Oliveira

E o que me resta?

Apagaram a luz do dia.

Mais um ano acabou,

menos um ano de vida.

E o que me resta?

De tudo o que você podia me dar

peço apenas um poema sobre mim,

uma oração e um abraço.

O que faltou?

O que você não me deu?

Colegas, comemoração, você.

Mas o que se podia ter feito para me fazer feliz?

Menos um ano de vida,

dias como todos os outros.

E amanhã tudo mais igual que sempre.

Porém antes um abraço como gesto de carinho.

O que há demais nisso?

Se envolver com quem se gosta sem definições.

Amar como se ama mais ou menos e se deixar ir além.

O meu presente é você em todos os sentidos possíveis.

Você que estava e que não estava comigo.

Porque são raros e caros.

Só por isto persisto.

Assim, outros dias mais se acenderam.

Haverá comemoração, colegas.

Menos anos de vida? Sim.

Mas me restam vocês,

que me dão abraços e oram por mim.

O poema vos dedico, meus amigos.

Não sei orar, mas faço o que posso.

E o que pôde ser feito certamente o foi.

Sou feliz por tudo isso.

Cada dia como todos os outros

são dias únicos aos seus lado.

Um abraço é pouco como gesto de carinho.

Obrigado, Deus, por não me deixar sozinho.

17/05/1985 (2011)

2 comentários:

  1. Caio Negreiros Cachuté25 de julho de 2011 às 11:25

    Grande homenagem a esse sentimento demasiado nobre, qual seja: a amizade!

    ResponderExcluir
  2. É realmente uma bela homenagem aos amigos que nunca negaram um afetuoso abraço de conforto em todos os momentos do ano e sempre!!!

    ResponderExcluir