E o que me resta?
Apagaram a luz do dia.
Mais um ano acabou,
menos um ano de vida.
E o que me resta?
De tudo o que você podia me dar
peço apenas um poema sobre mim,
uma oração e um abraço.
O que faltou?
O que você não me deu?
Colegas, comemoração, você.
Mas o que se podia ter feito para me fazer feliz?
Menos um ano de vida,
dias como todos os outros.
E amanhã tudo mais igual que sempre.
Porém antes um abraço como gesto de carinho.
O que há demais nisso?
Se envolver com quem se gosta sem definições.
Amar como se ama mais ou menos e se deixar ir além.
O meu presente é você em todos os sentidos possíveis.
Você que estava e que não estava comigo.
Porque são raros e caros.
Só por isto persisto.
Assim, outros dias mais se acenderam.
Haverá comemoração, colegas.
Menos anos de vida? Sim.
Mas me restam vocês,
que me dão abraços e oram por mim.
O poema vos dedico, meus amigos.
Não sei orar, mas faço o que posso.
E o que pôde ser feito certamente o foi.
Sou feliz por tudo isso.
Cada dia como todos os outros
são dias únicos aos seus lado.
Um abraço é pouco como gesto de carinho.
Obrigado, Deus, por não me deixar sozinho.
17/05/1985 (2011)
Grande homenagem a esse sentimento demasiado nobre, qual seja: a amizade!
ResponderExcluirÉ realmente uma bela homenagem aos amigos que nunca negaram um afetuoso abraço de conforto em todos os momentos do ano e sempre!!!
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