Um blog para todos e todas publicarem suas poesias, artigos, historias e contos esquecidos em gavetas e entregues às traças. Aqui eles serão lidos e cumprirão enfim sua finalidade. Além disso, postaremos adaptações de livros para o cinema, as quais serão disponibilizadas para download. Para você postar nesse blog basta fazer um comentário na última postagem deixando seu email.
domingo, 17 de setembro de 2017
Tuta falida - Relbier Oliveira
do peito coração caiu;
Em seu lugar ficou vazio.
Vazio, amarga dor de estranho.
Sentimento, sentimento frio.
Às vezes, sabe que tão lá não vou.
Bem se sabe também assim.
Me dá o que não posso ter.
Se dá tão pouco e se apartas de mim.
Quero longe o quão mais perto
o tão mais perto eu não a possa tocar.
Se apartas, se apartas de mim,
me transe com um olhar.
Hálito, cheiro, calor da pele:
não os deixe provar.
Vá-se longe, amor!
Para que vos possa amar.
Vá-se longe, amor...
Para que vos possa amar.
Seja a figura perdida, a figura escondida
a Tuta falida que recusou um meu valor.
Assim se vai a flor, eternizar a dor
manter o amor.
Vá-se longe, amor.
Meu amor...
Para que vos possa sempre amar.
domingo, 17 de janeiro de 2016
Um despertar de sensações
Aproveita o verbo latente,
Dance a música implícita
Se buscar defini-los, fogem
E em seu lugar, agonia
Pelo sim ou pelo não
Jogue pelo não,
Porque ele é garantido:
- que venha o não então!
Adoro olhar a copa de árvores frondosas ao longe
Sob céu de brigadeiro
Sentado embaixo de abacateiro desflorido
Que atentam sobre nossas vida.
Me lembra a praia,
Da primeira vez que vi o mar
Do alto da serra.
Um revoar de folhas mortas,
Circo de viúva
Placas sugerindo o não
Que a todo instante surgem
Melhor estar sozinho,
Viver na solidão,
Que ter a falsa impressão
De que encontrou outro alguém
Que faz parte do seu mundo então.
E me foi dado entender tanta coisa
Que as vezes sinto vertigem.
Me dê razões e motivos
Que ti construo um nada exclusivo
É possível morrer sem sentir dor?
E quando tudo acaba, o que acontece?
A simples existência é mais complexa
Do que simplesmente existir para conseguir tocar piano
E quando se toma por bosta
O que melhor de mim eu tinha a oferecer.
quarta-feira, 25 de março de 2015
Meu Coração É Preto - Relbier Oliveira
Mas pisado novamente foi.
Sobre a terra sal joguei
na esperança de em que nela
nunca mais tal flor-roxa voltasse a nascer:
meu coração agora é preto.
25/03/2015
domingo, 15 de março de 2015
quarta-feira, 11 de março de 2015
Vide a mim - Fernando Xavier
Tempo de plantar e de observar o horizonte dos campos
Nas campinas nascerão flores amarelas e nada mais.
Das odes surgirão as últimas lamúrias de um tempo que
foi e já não arrebentarão as ondas em pedras artificiais.
Tempo de perder e de calar.
Tempo de bailar no momento mesmo da sensação de liberdade,
porque deveras é sensação e não condição.
Dos redutos de finitudes gritarão aos céus aqueles
que não suportam a potência em si.
Não se curvarão à ignominias os clarões instáveis
em meio á escuridão total.
È tempo! È. Porque não há de ser de outro modo,
Quem fugirá à sedução de invenções humanas?
Quem seguirá sua desordem e lamentará o tempo ser objeto
para uns.
È tempo de promiscuir-se. De servir aos que venceram, de
abaixar a fronte olhando para o tendão de aquiles daquele que
ousa acreditar em sua ação.
Tempo de vedar os olhos e escolher uma viação, um destino, uma
faca para amolar.
Tempo de acreditar que a morte é processo e não abstenção de viver.
È espaço de andorinhas, de pardais, de pássaros que deveriam estar ali,
mas não estão. Pois esta é a terra dos homens.
Essa é a terra das instituições.
Vide a mim. E atente para meus olhos, minha curvatura ergométrica, a ossatura da minha alma, olhe para as fracas expressões da minha face. O que vês?
domingo, 11 de janeiro de 2015
Bonecos de Dedo - (Relbier Oliveira)
Não haverá um só símbolo que transmitirá confiança;
que lhe trará certeza do que sente ou do que pensa.
Não haverá sequer um nada que lhe garanta o que vier do outro.
Este será para sempre uma perene possibilidade e incógnita.
O único ponto fixo neste universo deverá ser eu.
Eu. Que fui enganado por não sei o que.
Eu. Que me permiti crer que o amor fosse um sentimento interpessoal, bilateral,
um laço de necessária reciprocidade entre dois iguais.
Um desvio no percurso que faria confundir e confluir o fluxo da vida.
Que dois poderiam ser o mesmo ao ser outro por este meio.
Me enganei. Me iludi, me machuquei.
Mas o que consegui ao perceber o erro não foi me sentir melhor.
Se antes havia esperança, hoje somente há solidão.
Perceber-se blindado.
Perceber ao outro até possivelmente inexistente, ou indiferente.
Descobrir que a vida pode ter sido uma piada mal contada e sem graça
e ver que este teatro na verdade é um monólogo interpretado por bonecos de dedo.
O que se ganha com a luz de fora da caverna
se os sentidos apenas se faziam possíveis na dança das sombras?
A Cura, Quem-me-lê, será afundar-se na doença?
Não sei.
sábado, 27 de dezembro de 2014
Shantiti - Capítulo 6 (Relbier Oliveira)
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
Shantiti - Capítulo 5 (Relbier Oliveira)
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
Shantiti - Capítulo 4 (Relbier Oliveira)
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Shantiti - Capítulo 3 (Relbier Oliveira)
Capítulo 1:
Capítulo 2: