Um blog para todos e todas publicarem suas poesias, artigos, historias e contos esquecidos em gavetas e entregues às traças. Aqui eles serão lidos e cumprirão enfim sua finalidade. Além disso, postaremos adaptações de livros para o cinema, as quais serão disponibilizadas para download. Para você postar nesse blog basta fazer um comentário na última postagem deixando seu email.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
A farsa - Relbier Oliveira
Porque tua felicidade me irrita, na medida em que também não posso ser.
Emprestei espírito demais para a régua que criei
E ora ela se volta contra mim, perversamente
Mostrando-me que sou mais mesquinho
Que qualquer um que injuriei.
Nesse palco de excentricidades, quis impor que fossemos todos iguais
Iguais a mim ou ao que julguei fosse o certo
E agora me sinto aflito, aporrinhado pelo mau que eu mesmo criei.
Está dentro de mim, pedra por pedra o edifiquei
E num parto fatal, morreremos ambos, eu sei
Porque tu sou eu, e eu quero antes morrer.
Não há mais ilusão de liberdade
Seria preciso recomeçar (de novo)
E de novo
E de novo
Até aprender a atirar na cabeça que não a sua
E a não se preocupar com nada
A olhar no espelho e ver o melhor dos mundos
A cortejar o desagrado alheio se sentindo ainda íntegro.
Sim, porque é tudo uma farsa!
Os doces no chão, a competição sempre foi natural:
Consagraram fraca a criança das balas doadas
E corromperam valores fundamentais
De existência.
Fui conivente com tudo isso, distribui panfletos
E hoje agracio a face do capeta
Porque não sei como ser feliz
Porque deixei de aprender como ser. Gostou da postagem? Então faça um comentário e/ou clique nos botões das redes sociais abaixo para ajudar a divulgar. Ficaremos eternamente gratos :D
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Desabafo - Relbier Oliveira
Fica o dia inteiro asseiado,
Perfumado, esperando o momento certo
Esperando da janela ela passar
E desce correndo a rua
Pedindo a Deus coragem
Para lhe falar
Para desculpar-se do que não se sabe o que.
Por quê seus amigos têm de ser tão difíceis?
De tantas pessoas no mundo, por que ela?
Ela é uma pessoa especial, você crê.
Só que foi ela mesma quem virou as costas para você, assim sem mais.
E você se sente um lixo, o pior dos homens
Neurótico por fazer tudo errado sem saber o que fez
Sem saber o que se é: se bom ou se mal
Sem saber a cara do seu próprio retrato
Tirado pelo Leviatã.
Porém, jamais vai descobrir, porque nunca terás coragem:
Fraco, imaturo, covarde!
E ainda me usa para falar de si.
Eu, que estava preso no inferno da inexistência
Açoitando o capeta.
Oro por ti, para que me supere e me deixe descansar:
Afinal, às vezes cansa dizer a verdade
E você não me deixa mentir.
Por que és tão cruel conosco?
Se eu pudesse, faria o seu trabalho sujo.
Definiria a partida, a favor ou contra.
Mas a cruz é tua
E também a jornada
Que te conduz até onde dormem os elefantes
E te livra deste inferno light
Que é viver! Gostou da postagem? Então faça um comentário e/ou clique nos botões das redes sociais abaixo para ajudar a divulgar. Ficaremos eternamente gratos :D
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Epopeia sóciohumanizatoria - Relbier Oliveira
É algo que nos toma gradualmente
Tal qual o trabalho incansável dos pequenos animaizinhos
Dia e noite, dia e noite
Quase insuportável
E vai crescendo, vai crescendo
Sem controle
Nos tornamos reféns
Ansiosos por qual seja a última estação
Hão de se confundir:
Querer estar próximo, se possível o tempo todo
Querer saber do seu dia, da sua vida
Querer fazer-se ouvido por ele
Querer abraço, afago
Querer, às vezes, distância e solidão
Querer xingar, bater, para corrigir
Presentear, agradar, cuidar
Querer para si, só para si, e para ninguém mais
Do que estamos falando, afinal?
Deste amor que sinto, que já não tem mais nome
E que não ouso nomear
Por que meu amor não é meu amigo, ou vice-versa?
Por que o amigo não é meu amor verdadeiro?
É uma identificação profunda, rara e necessária
“não confunda os termos, ou vai estragar tudo”
Joguem merda no ventilador das emoções
E se permitam experimentar o inferno da sinceridade
Caótica e desumana, descivilizatória
Onde o fogo consome o espírito disforme
A amizade, o amor e essas drogas endoespirituais
Essências, aromas, um “que”
Corrompa a lógica, os valores, e se permita experimentar
Se entregue à indefinição dos termos
E perceba o absurdo que nos prende os tempos todos
Ponha ordem no caos ao preço de fugir a fantasia
Mas que seja a sua ordem, os seus horizontes
Diga ao amigo:
“eu vou, porque por ali bate o meu coração”
E vá, vá...
Não olhe para o Cisne, para a Lebre, ou outros mais
Que estão atrás de você, no que ficou para trás
Para o que você virou as costas
Para o que você ousou deixar, o que ousou transformar
Recomeçar
A amizade, o amor, essas drogas todas...
Vá sentir, vá experimentar
Vá viver, meu amigo. Gostou da postagem? Então faça um comentário e/ou clique nos botões das redes sociais abaixo para ajudar a divulgar. Ficaremos eternamente gratos :D
sábado, 7 de janeiro de 2012
A insustentável leveza do ser
domingo, 18 de dezembro de 2011
Um amor para recordar
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Mais que amor - Relbier Oliveira
domingo, 11 de dezembro de 2011
Por um futuro melhor - Relbier Oliveira
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Ser uma pessoa melhor - Relbier Oliveira
Não desabrochei na lama
Para ser como todas as flores
Quero o perfume mais belo
E a beleza mais doce
Quero amar como amam os deuses
Mas só quero sofrer se for como sofrem os vencedores:
Antes a tragicidade da vida que a felicidade dos tolos
Por aprender a sofrer sem se apegar ao que é dor
Abraçarei qualquer fagulha de esperança
E serei melhor a cada dia
Amar a própria vida, por pior que seja
E desejar que fosse sempre a mesma:
Nada a corrigir, tampouco a acrescentar
Amar de novo o mesmo erro
Revivendo a eterna felicidade
Pedir a Deus repetição
E agradecer para sempre a justeza que nos cabe. Gostou da postagem? Então faça um comentário e/ou clique nos botões das redes sociais abaixo para ajudar a divulgar. Ficaremos eternamente gratos :D